Mielopatia Espondilótica Cervical

Mielopatia é um termo usado para descrever o déficit neurológico relacionado com a lesão da medula espinhal. O aparecimento dos sintomas pode ser repentino, como por exemplo após um acidente de carro ou uma queda que provoque danos à coluna vertebral. Na maioria dos casos, no entanto, os sintomas desenvolvem-se gradualmente, piorando ao longo do tempo se a causa do déficit espinhal não for tratada. A maioria dos pacientes estão acima dos 40 anos.
A causa mais comum de mielopatia é a estenose da coluna vertebral, um estreitamento progressivo do canal espinhal associado à degradação das estruturas da coluna gerando uma compressão fixa, osteófitos e alterações artríticas podem reduzir consideravelmente o espaço disponível para a medula espinhal dentro do canal vertebral. A hernia de disco da coluna cervical também pode comprimir a medula espinhal. 


Quais são os sintomas de mielopatia?
Dificuldade progressivas para subir e descer escadas, pegar ou segurar objetos, ou apertar os botões das roupas. Quanto maior for o tempo de  persistência da lesão, maior é a possibilidade de danos permanentes ao nervo. Os sintomas de mielopatia decorrentes de um trauma espinhal súbito, tal como ocorre após uma queda ou acidente, podem incluir a perda parcial ou total de sensação, do movimento e da função dos músculos, tecidos e órgãos servidos pelos nervos originários da região da medula afetada pela lesão. Lesão na medula pode levar a paralisia total e irreversível abaixo do pescoço.


Como a mielopatia é diagnosticada?
Para determinar se a mielopatia é a causa de seus sintomas, além de um exame físico completo a ressonância magnética ajuda a estabelecer o diagnóstico.


Como a mielopatia é tratada?
Quando a mielopatia é diagnosticada, a cirurgia da coluna é recomendada e é o único tratamento eficaz pois se trata de uma compressão estrutural usualmente fixa e gradual. O objetivo da cirurgia é aliviar os sintomas e prevenir mais danos através da remoção da fonte de pressão sobre a medula espinhal.
A cirurgia pode ser realizada pela frente de forma usual com a substituição do disco desgastado e alargamento do espaço. Por via posterior com parafusos e haste e combinada (anterior e posterior) nos casos mais graves. A artrodese cervical anterior envolve a remoção de um ou mais discos intervertebrais danificados pela pressão sobre a medula espinhal. Após a retirada do disco, o espaço é preenchido com um enxerto ósseo ou material de fusão, e é fixado com placas e parafusos.

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